21 de abril de 2013

Oração de um soldado




Escuta Deus.
Jamais falei contigo.
Hoje quero saudar-te.
Bom dia! Como vais?
Sabes?
Disseram-me que tu não existes.
E eu tolo acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado a tua obra.
Ontem à noite, da trincheira rasgada por granadas vi teu céu estrelado.
E compreendi então que me enganaram.
Não sei se apertaras a minha mão.
Vou te explicar e hás de compreender.
É engraçado.
Neste inferno hediondo, achei a luz para enxergar o teu rosto.
Dito isto. Já não tenho muita coisa a ti contar.
Só que... Que... Tenho muito prazer em conhecer-te.
Faremos um ataque à meia noite.
Não sinto medo.
Deus sei que tu velas.
Ah! É o clarim.
Bom Deus devo ir embora.
Gostei de ti... Vou ter saudade.
Quero dizer.
Será cruenta a luta.
Bem os sabem, e esta noite pode ser que eu vá bater-te aporta!
Muitos amigos não fomos é verdade.
Mas... Sim estou chorando.
Vês, Deus, penso que já não sou tão mau.
Bem Deus, tenho de ir.
Sorte é coisa bem rara.
Juro, porem.
Já não receio mais a morte.





Autor desconhecido.

Esse texto faz parte das minhas memorias escolares não tendo ate o presente momento o nome do autor, créditos reservados.


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